adeus Pavillon

 Nem sei muito bem como começar este post.... dois belgas exploradores do mundo descobriram este paraíso no meio do oceano atlântico(leia-se Açores, ilha de São Miguel) há muitos anos, decidiram fixar-se aqui para sempre. Desde que vieram para cá morar nunca mais saíram, mas nunca mais saíram mesmo, nem mesmo para ver a família, quem queria vê-los tinha que cá vir.

Abriram um dos melhores restaurantes que conheço o PAVILLON, a primeira vez que lá fui devia ter entre uns 11-13 anos e desde logo me apaixonei pelo ambiente, pela comida, pelos donos, pelo estilo, enfim por tudo.Fui lá dezenas se não centenas de vezes ao longo da minha vida, as minhas expectivas nunca foram defraudadas sempre foram superaradas.

Há cerca de 3 ou 4 meses fiz uma reserva para ir lá jantar num sábado, nesse dia recebi um telefonema de um  dos donos a dizer que o restaurante tinha sido encerrado por uma tal Dra. Fátima da inspecção, que para além de os tratar mal e porcamente, atirou um caixote de lixo para o chão e tirou fotografias para alegar que não havia condições naquele restaurante, proibiu-os de utilizar a produção biológica que fazem, que não poderiam estar inseridos no meio de uma quinta e disse-lhes que voltassem para a terra deles, que abrissem restaurantes onde quisessem, mas aqui nunca mais.

Ontem liguei para saber o que eles tinham decidido fazer, optaram por não reabrir o restaurante, disseram-me que não iam deixar uma terrorista racista mandar nos seus destinos e num restaurante que era deles, que para eles não fazia sentido. E assim, ao fim de 21 anos, e com muito pesar meu e de muitas outras pessoas, o PAVILLON fecha para sempre.

Ao ROLAND e ao YVES aquela gargalhada. Deveria/poderia dizer aquele abraço ou aquele beijo, mas vindo de mim e com eles só pode ser aquela gargalhada.